As Marcas do Novo
Nascimento
Muitas pessoas
têm como certo que nasceram de novo — não sabem exatamente por que, mas é algo
do que nunca duvidaram. Existem outros que desprezam toda averiguação cuidadosa
sobre este assunto — têm certeza de que estão no caminho certo, crêem que serão
salvos. No entanto, quanto às marcas da pessoa salva, é vil e legalista falar
sobre elas; isso leva as pessoas à escravidão. Todavia, amados, não importa o
que os homens digam, podemos estar certos de que o povo de Cristo é singular,
não somente em seu falar, mas também em sua vida e conduta. Eles podem ser
distinguidos dos não-convertidos ao seu redor. Você pode estar certo de que há
traços, marcas e qualidades na obra de Deus pelos quais ela sempre pode ser
identificada. Aquele que não possui evidências para mostrar pode suspeitar de
que não se encontra no caminho certo.
Terei de falar
de modo breve e geral sobre estas marcas, pois o tempo não me permite mais que
isso. Porém, antes de tudo, quero oferecer uma palavra de advertência: lembre-se
de que não é minha intenção que você suponha que todos os filhos de Deus têm os
mesmos sentimentos ou que estas marcas sejam igualmente fortes e claras em cada
filho de Deus.
A obra da
graça no coração do homem é gradual: primeiro, a erva, depois, a espiga, e, por
último, o grão cheio na espiga. É como fermento: a massa toda não é fermentada
de uma vez. É como o nascimento de uma criança: primeiro ela sente aquele mundo
novo, depois move-se e chora, vê, escuta, conhece coisas, ama, caminha, fala e
age por si mesma.
Cada uma
dessas coisas acontece gradualmente, de maneira ordenada. Mas não esperamos que
todas aconteçam, para dizermos que se trata de uma alma vivente. Assim também é
todo aquele que é nascido do Espírito. No começo, ele pode não encontrar em si
mesmo todas as marcas de Deus, mas as sementes delas estão ali. Algumas ele
conhece por experiência própria; e, com o passar do tempo, todas serão
conhecidas distintamente.
Pelo menos,
disto você pode estar certo: onde não há fruto do Espírito, ali não há obra do
Espírito; e, se um homem não tem o Espírito de Cristo, não pertence a Ele. Que
este assunto o encoraje a examinar e provar seus caminhos!
Deus não é
homem para que minta. Ele não nos teria dado a Bíblia, se pudéssemos ser salvos
sem ela. E este é um ensino do qual depende a vida eterna: “Não há salvação sem
o novo nascimento”.
1. Em primeiro
lugar: aconselho-o a memorizar uma marca que João menciona em sua primeira
epístola:
“Todo aquele
que é nascido de Deus não vive na prática de pecado” (1 Jo 3.9); “Todo aquele
que é nascido de Deus não vive em pecado” (1 Jo 5.18); “Todo aquele que
permanece nele não vive pecando; todo aquele que vive pecando não o viu, nem o conheceu”
(1 Jo 3.6). Observe que não desejo, nem por um minuto, que você suponha que os
filhos de Deus são perfeitos, sem mancha ou corrupção.
Não saia por
aí dizendo que lhe falei que os filhos de Deus são puros como os anjos, nunca
erram ou tropeçam. O apóstolo João, na mesma epístola, declara: “Se dissermos
que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós... Se dissermos que não
temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós” (1
Jo 1.8, 10).
Estou dizendo
que, em se tratando de quebrar os mandamentos de Deus, todo aquele que é
nascido de novo é um homem completamente novo. Ele não tem mais uma visão
frívola, indiferente e leviana do pecado. Não o julga mais de acordo com a
opinião do mundo. Não pensa mais que uma mentirinha, um pequeno deslize na
observância de guardar o domingo, uma pequena fornicação ou um pouquinho de
bebida alcoólica ou de avareza são assuntos triviais e insignificantes. Ele vê
todo tipo de pecado contra Deus e contra o homem como excessivamente odioso e condenável
aos olhos do Senhor. E, no que diz respeito a ele mesmo, odeia e abomina o
pecado, desejando ficar completamente livre dele com todo o seu coração, mente,
alma e força.
Aquele que
nasceu de novo teve abertos os olhos de seu entendimento, e os Dez Mandamentos
se revelam em uma luz completamente nova para ele. Sente-se surpreso com o fato
de que viveu, durante tanto tempo, em descuido e indiferença quanto às
transgressões e lembra os dias passados com vergonha, arrependimento e
tristeza. No que diz respeito à sua rotina diária, ele não se permite cometer
os pecados sobre os quais está consciente. Não faz concessões aos seus velhos
hábitos e princípios, desiste deles por completo, embora isso lhe custe
sofrimento, e o mundo o considere muito cerimonioso e tolo. Contudo, ele é um novo
homem e não está mais ligado a coisas que amaldiçoam.
Afirmo que ele
erra e encontra sua velha natureza fazendo-lhe oposição continuamente — e isso
também acontece quando ninguém pode vê-lo, quando ele está sozinho; mas ele
lamenta e se arrepende muito de sua fraqueza. Mas ele tem certeza disto: está
em guerra contra o diabo e todos os seus
feitos; e não cessa
de lutar para libertar-se.
Você não chama
isso de mudança? Olhe
para todo este
mundo, este mundo perverso, observe quão poucos são os homens que pensam sobre
o pecado e como é raro eles julgarem o pecado como a Bíblia o julga; como eles supõem
que é fácil o caminho para o céu — e conclua se esta marca não é extraordinariamente
rara. Mas, apesar de tudo isso, Deus não se deixa escarnecer.
Os homens
podem ter certeza de que, se não se convenceram da terrível culpa, do terrível
poder e das terríveis conseqüências do pecado, se, uma vez convencidos, não
fugiram para Cristo e não abandonaram o pecado, eles não nasceram de novo.
2. A segunda marca à qual chamo sua atenção é
a fé em Cristo. Neste
ponto, uso novamente as palavras de João em sua primeira epístola: “Todo aquele
que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus” (1 Jo 5.1).
Não estou falando
sobre um tipo de crença geral e vaga no fato de que Jesus viveu e morreu na
terra — um tipo de fé que até os demônios possuem. Estou falando sobre aquela
convicção que acontece num homem, quando ele realmente está certo de sua
própria culpa e indignidade, vendo que somente Cristo pode ser seu Salvador. Ele
se convence de que está no caminho que conduz à perdição e de que precisa ter uma
justiça melhor do que a sua própria, recebendo com alegria a justiça que Jesus oferece
a todos os que crêem.
A pessoa que
tem essa fé descobre um benefício, um favor e um conforto na doutrina de Cristo
crucificado por pecadores, um benefício que outrora ela não conhecia. Ele não
se envergonha mais de admitir que é, por natureza, pobre, cego e nu, e crer em Cristo
como sua única esperança de salvação.
Antes de um
homem nascer do Espírito, não parece haver boa aparência nem formosura no
Redentor. Mas, depois que acontece essa bendita mudança, Ele se mostra o
principal entre dez mil. Ninguém, exceto Jesus, é digno de tão grande honra; ninguém,
exceto Jesus, concede melhor amor; só Jesus pode suprir a maior necessidade
espiritual; o pior pecado pode ser purificado tão somente por Jesus. Antes do
novo nascimento, um homem pode até reverenciar o nome de Cristo, mas talvez
isso seja tudo o que ele faz.
Uma vez
nascido de novo, ele vê em Cristo uma plenitude, uma perfeição e uma
suficiência das coisas necessárias à salvação; assim, ele sente que jamais
poderia meditar o suficiente sobre o Salvador. As mais notáveis marcas dos
verdadeiros filhos de Deus são: eles lançam seu fardo de pecado sobre Jesus;
gloriam-se na cruz, onde Ele morreu; têm diante de si o sangue de Cristo, sua
justiça e sua intercessão; buscam-No sempre, a fim de obterem paz e perdão; descansam
totalmente nEle para a salvação completa e gratuita; resumindo, fazem de Jesus
toda a sua esperança de entrar no reino dos céus.
Vivem pela fé
em Cristo; têm a sua felicidade firmada em Jesus. A Lei
espiritual de Deus conduz o homem ao seguinte: Houve um tempo em que os filhos
de Deus eram propensos a pensar o bem a respeito de si mesmos. A Lei, no
entanto, despoja-os de seus miseráveis trapos de justiça, expõe sua excessiva culpa
e podridão, acaba com suas idéias ilusórias de justificação por suas próprias
obras e assim os conduz a Cristo como sua única sabedoria e redenção. Então,
quando se apropriam de Cristo e O recebem como seu Salvador, começam a
encontrar aquele descanso que antes procuravam em vão.
Estas são as
duas primeiras marcas da obra do Espírito — uma profunda convicção do pecado e
a rejeição do pecado; e, uma fé vigorosa em Cristo crucificado como a única esperança
de perdão. Estas são marcas que talvez o mundo nunca veja, mas sem elas nenhum
homem ou mulher jamais se tornou nova criatura. São os dois fundamentos do caráter
cristão, os pilares, por assim dizer, do Reino de Deus. São raízes escondidas
que as outras pessoas conseguem julgar apenas pelos frutos; mas aqueles que as
possuem geralmente sabem delas e podem sentir a evidência em si mesmos.
3. A terceira marca do novo nascimento é
santidade. Mais uma vez, o que disse o apóstolo João? “Todo aquele que pratica
a justiça é nascido dele” (1 Jo 2.29); “Aquele que nasceu de Deus o guarda” (1
Jo 5.18).
Os verdadeiros
filhos de Deus têm prazer em fazer da Lei a sua regra de vida. Ela habita em
sua mente e está gravada em seu coração; fazer a vontade do Pai é sua comida e
bebida. Eles não sabem nada do espírito de escravidão do qual os falsos
cristãos reclamam. O prazer deles é glorificar a Deus com seu corpo e sua alma,
os quais são do Pai. Eles têm fome e sede de caráter e disposições semelhantes aos
de seu Senhor. Não contentam-se com uma vontade e uma esperança pobres, mas
lutam para serem santos em todo tipo de relacionamento com as demais pessoas —
no pensamento, nas palavras e nas ações. A oração diária de seu coração é:
“Senhor, que queres que faça?” (At 9.6 — RC); e a sua tristeza e lamentação
diária consiste no fato de que são servos inúteis e falhos. Amados, lembre-se
de que, onde não há santidade de vida, ali
não pode haver
muita ação do Espírito
Santo.
4. A quarta marca do novo nascimento é uma
mente espiritual. Aprendemos isso das palavras de Paulo aos crentes de
Colossos: “Se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá
do alto... Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra” (Cl
3.1-2). A pessoa que nasce de novo pensa primeiramente nas coisas eternas. Não dedica
mais o melhor de seu coração às preocupações deste mundo, que perecerá. Ela vê
a terra como um lugar de peregrinação, e o céu, como o seu lar. Assim como uma
criança lembra-se, com prazer, de seus pais ausentes e deseja estar com eles um
dia, assim também o cristão pensa em seu Deus e anseia pelo dia em que estará com Ele
e jamais se afastará de sua presença. O cristão não se importa com os prazeres
e distrações do mundo ao seu redor, não
se ocupa com
as coisas da carne, e sim com as do Espírito. Ele sente que possui
uma casa
eterna no céu, não feita por mãos, e deseja sinceramente estar lá. “Senhor”, ele
diz, “quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me compraza na terra”
(Sl 73.25).
5. A quinta marca do novo nascimento é a
vitória sobre o mundo. Veja o que João disse: “Todo o que é nascido de Deus
vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé” (1 Jo 5.4). O
que é o homem natural? Um infeliz escravo da opinião deste mundo.
O homem
natural segue e aprova aquilo que o mundo diz que é certo; ele renuncia e
condena aquilo que o mundo diz ser errado. Como farei o que meus vizinhos não
fazem? O que os homens dirão de mim, se me tornar mais severo do que eles? Esse
é o argumento do homem natural.
Mas aquele que
nasceu de novo está livre de tudo isso. Ele não é mais norteado pelos elogios
ou pelas censuras, pelas risadas ou pelos semblantes sombrios dos filhos de Adão,
seus semelhantes. O nascido de novo não pensa mais que o tipo de religião que
todos ao seu redor professam deve, necessariamente, estar certo. Não pensa
mais: “O que o mundo dirá?”, e sim: “O que Deus ordena?” Oh! que mudança
gloriosa ocorre quando um homem não pensa na dificuldade de confessar a Cristo diante
dos outros, porque tem a esperança de que Cristo o confessará e o reconhecerá
Diante dos
santos anjos!
Esse temor do mundo
é uma terrível cilada; para milhares de pessoas, ele é muito mais importante do
que o temor a Deus. Há homens que se importam mais com o riso dos amigos do que
com o testemunho de metade da Bíblia. O homem espiritual está livre de tudo isso.
Ele não é mais um peixe morto boiando no córrego da opinião mundana; está sempre
progredindo, olhando para Jesus, apesar de toda a oposição. Ele venceu o mundo.
6. A sexta marca do novo nascimento é
humildade. Era isso que Davi pretendia dizer em Salmos 131: “Como a criança
desmamada se aquieta nos braços de sua mãe, como essa criança é a minha alma” (Sl
131.2). Era isso que nosso Senhor tinha em mente quando disse que é necessário
que sejamos convertidos e que nos tornemos como crianças (Mt 18.3).
O orgulho é o
pecado que incomoda persistentemente todo homem natural e aparece em centenas de
modos diferentes. Foi por causa do orgulho que anjos caíram e tornaram-se
demônios. É o orgulho que leva muitos pecadores ao abismo; eles sabem que estão
errados no que se refere ao cristianismo, mas são muito orgulhosos para
curvarem a cerviz e agirem de acordo com o que sabem. É o orgulho que sempre
pode ser visto nos falsos mestres; eles dizem: “Somos os tais, só nós sabemos o
que é certo e temos o verdadeiro caminho para o céu”. Logo eles caem, voltam ao
lugar de onde vieram e não se ouve mais a respeito deles.
Mas aquele que
é nascido de novo vestese de humildade; tem um espírito de criança, contrito e
humilde. Tem um profundo senso de sua fraqueza e pecaminosidade e um grande
medo de cair em pecado.
Você jamais o ouve professando confiança em si mesmo e
vangloriando-se de seus próprios feitos. Ele está muito mais disposto a duvidar
de sua própria salvação e chamar a si mesmo de “principal dos pecadores”. Ele
não tem tempo para achar falhas nos outros ou se intrometer na vida dos
vizinhos. Para ele basta o conflito com sua própria carne enganosa... Nenhum
inimigo é tão mordaz para ele quanto sua corrupção inata. Sempre que vejo um
homem que gasta seu tempo achando defeitos em outras igrejas e falando da alma
das outras pessoas e não da sua, sempre penso: “Não há obra do Espírito nesse
homem”. É esta humildade e este senso de fraqueza que fazem dos filhos de Deus
homens de oração. Eles sentem suas próprias necessidades e sua situação de
perigo, e são compelidos a suplicar continuamente. Àquele que lhes deu o
Espírito de adoção, clamando: “Aba, Pai, ajuda-nos e livra-nos do mal”.
7. A sétima marca do novo nascimento é um
grande prazer em todos os meios da graça. Pedro fala sobre isso em sua primeira
epístola: “Desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite
espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento” (1 Pe 2.2). Este foi
o pensamento de Davi quando disse: “Pois um dia nos teus átrios vale mais que
mil; prefiro estar à porta da casa do meu Deus, a permanecer nas tendas da
perversidade” (Sl 84.10). Ah! que diferença existe entre a natureza e a graça
neste assunto!
O homem
natural tem muitas vezes uma forma de cristianismo; não negligencia as
ordenanças do cristianismo, mas de um modo ou de outro, o tempo, a sua saúde ou
a distância conseguem ser um grande obstáculo para ele. E, com muita freqüência,
as horas que ele passa na igreja ou com sua Bíblia são as mais enfadonhas de
sua vida.
Mas quando um
homem nasce de novo, começa a descobrir sobre os meios da graça uma realidade
que ele não percebia antes. O domingo não parece mais um dia monótono e
enfadonho, no qual ele não sabe como gastar seu tempo de maneira decente.
Agora, ele o chama de deleite e privilégio, um dia santo do Senhor e digno de
honra. As dificuldades que antes o afastavam da casa de Deus agora parecem ter desaparecido;
o horário do jantar, o tempo e coisas semelhantes nunca o detêm em casa; ele
não se alegra mais em desculpas para não ir. Os sermões parecem mil vezes mais
interessantes do que antes. Ele estará bem atento e não dormirá durante a pregação,
tal como um prisioneiro durante seu julgamento. E, acima de tudo, a Bíblia lhe
parece um novo livro.
Acabou o tempo
em que ela era uma leitura estéril para sua mente. Talvez ficasse num canto, empoeirada
e raramente fosse lida, mas agora é examinada e considerada como o próprio pão
da vida. Muitos são os textos e passagens que parecem ter sido escritos para o
nascido de novo, e muitos são os dias em que ele sente disposição de dizer, com
Davi: “Para mim vale mais a lei que procede de tua boca do que milhares de ouro
ou de prata” (Sl 119.72).
8. A oitava e última marca do novo nascimento
é amor pelos outros. “Todo aquele”, disse João, “que ama é nascido de Deus e
conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor” (1 Jo
4.7-8). Aquele que nasceu do Espírito ama o seu próximo como a si mesmo... ama
o que pertence ao seu próximo como se fosse dele mesmo; não o prejudicaria nem
ficaria quieto se alguém lhe causasse danos. Ama a pessoa de seu próximo como a
sua própria pessoa e não acharia incômodo o poder ajudá-lo ou o socorrêlo.
Ama o caráter
de seu próximo como o seu próprio caráter; não falará contra ele, nem permitirá
que seja maculado por mentiras, se puder defendê-lo. O nascido de novo ama a
alma de seu próximo como a sua própria alma e não suportará vê-lo virar as
costas para Deus, sem empenhar-se por detê-lo, dizendo:
“Não... não
façais semelhante mal” (Jz 19.23). Oh! que lugar feliz seria a terra, se
houvesse mais amor! Que os homens creiam que o evangelho assegura o maior
conforto na vida presente, bem como na vida por vir! Estas, amados, são as
marcas pelas quais pode-se reconhecer o novo nascimento na alma de um homem.
Tivemos de
falar sobre elas de um modo muito breve, embora cada uma delas mereça um
sermão... “Eu me arrependi verdadeiramente? Já me uni a Cristo e O aceitei como
meu único Salvador e Senhor?” Que estas perguntas predominem em sua mente, se
você quer saber se nasceu de novo ou não. As seis últimas marcas — isto é:
santidade, mente espiritual, vitória sobre o mundo, humildade, prazer em todos os
meios da graça e amor — têm esta peculiaridade: a família e os vizinhos de um
homem vêem melhor do que ele mesmo se ele possui essas marcas. Mas todas elas
provêm das duas primeiras; portanto, insisto novamente que você lhes dedique maior
atenção.
J.
C. Ryle (1816–1900): bispo
anglicano, autor de
Santidade Sem a Qual Ninguém Verá o Senhor
e Meditações
nos Evangelhos (editados pela
Editora Fiel), e muitos outros. Nasceu em Macclesfield, Cheshire County, Inglaterra.
Fonte: Revista Fé
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